andamos aos andaimes

Andamos aos andaimes

Ia eu tranquilo no meu treino de bicicleta pela marginal de Leça (para mudar do percurso habitual) e deparo com as ruínas/vestígios de uma célebre piscina de marés que agora é apenas tapumes... com o nome do arquiteto português de maior sucesso interplanetário. Que tristeza.

Antes, na zona do castelo tinha visto um placard da Câmara a anunciar apoio a famílias nesta época de quarentena. Outras o terão feito sem este exibicionismo.

A explicação estava mais à frente, nuns andaimes mal-paridos em pleno passeio em cima do mar, e que nos custaram 300.000,00 €. Isto porque foram impingidos como obra do artista/empreiteiro Cabrita. 
Entretanto a pandemia encarregou-se de mandar isto para o esquecimento.

Como tal sugiro que o Cabrita acabe a construção... ou devolva o dinheiro. Nesta segunda hipótese - a única que defendo - o dito cujo autor pode levar os detritos (dado que os caboucos já estão tapados) e introduzir um dos pilares metálicos... lá onde o sol não lhe brilha. Como não faltam pilares apontados para as gaivotas pode até convidar os seus amigos que também vivem a chular o orçamento do estado ou autárquico e sugerir-lhes introdução similar.

Teríamos assim um final 
mais barato e mais teatral 
do que o que se constata agora 
na maldita marginal.


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quase um de junho vinte vinte


T f T = The fLIPADOS Team

Sopra-mos, Sopranos!

Sopra-mos, Sopranos!

Nos meus treinos de bike tenho feito "perímetros" do Porto, o que dá cerca de 30 km. A maior parte dos portuenses acha que é menos mas foi controlado de carro e dá mais de 28.000 metros... por isso!

Avenida do Parque, Avenida Brasil, marginal do rio, Ponte Luiz I, as outras pontes todas até à Ponte do Freixo, a subida da Circunvalação até ao cruzamento de Costa Cabral e daí sempre a descer em direção ao mar. Este é o sentido para quem está em forma... se fizer no sentido dos ponteiros do relógio não tem a mega subida.

Antes costumava fazer o mar, tanto para norte como para sul da cidade, seguindo os passadiços sobre as praias... e para variar decidi rumar a norte, via Matosinhos e Leça. Mas lembrei-me que eram percursos planos, nada consentâneo com a minha readquirida super-forma.

Mas como qualquer domingo que se preze nesta altura do ano temos uma feroz sopradela de norte.

E então, realizei: com esta nortada contra, qualquer percurso plano vira inclinado e o esforço passa a ser o de subir!

Planos viram subidas, subidas (que não há) virariam super-subidas, descidas (que não as vi) talvez virem planos.

A piscina do Siza em obras... uma "obra abandonada" do Cabrita, a refinaria, o kartódromo e, de repente, sinto-me a descer... mas estou a subir. A primeira subida que aparece - no sentido nascente-poente - está abrigada por prédios a norte e sem a nortada a incomodar sinto o esforço mínimo de uma descida... apesar de estar a subir. Percebem? Não? É simples! Basta passar a seguir para a reta do obelisco com o vento norte a atacar forte e percebemos que o plano é inclinado contra nós!

O regresso foi sempre a descer... sim era plano, já deviam ter percebido isso, mas com o vento a ajudar até parecia que estava numa bicicleta elétrica, essa vergonha da tecnologia que qualquer desportista deve desdenhar!

Bom, parece que afinal tenho alternativa 

aos perímetros da circunvalação... 

desde que o vento faça a sua aparição!

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Quase 1 de junho 2020, com muito alegre povo na rua...

T f T = The fLIPADOS Team