http://gsouto-digitalteacher.blogspot.pt/2012/09/leituras-em-lingua-portuguesa.html
"Contributo maior para o conhecimento do Oriente escrito por uma das personalidades de aventureiro mais interessantes do século XVI, a Peregrinação é seguramente a mais conhecida e estimada obra portuguesa de literatura de viagens de todos os tempos e o primeiro testemunho directo de um europeu sobre o Japão."
Este documentário realizado em 2007 para a inauguração do Museu do Oriente pode valorizar imenso a leitura de uma obra que não é muito acessível às novas gerações.
Concordo em tudo com as palavras de Vasco Graça Moura quando afirma que os jovens demonstram um crescente desinteresse pelos clássicos da literatura portuguesa.
É certo que uma geração nascida na era digital, tudo o que se associe mais rapidamente aos 'sreen-touch' é bem apetecível. Mas os ensinamentos que advêm destas obras são importantes para transmitir aos estudantes a verdadeira dimensão da história e da cultura.
E, no entanto, fazem parte de uma geração que se vê de novo confrontada a partir em busca de novas aventuras.
Apreciam sagas como Pirata das Caraíbas. Então nada melhor do que partir de um aventureiro para outro aventureiro. É aí que introduzimos a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto
O longo relato estaria concluído por volta de 1578 (data referida na própria obra), mas apenas veio a ser publicado em Lisboa, por Pedro Craesbeeck, em 1614, a expensas de Belchior de Faria. Não por temor da Inquisição, mas apenas por falta de dinheiro para custear a impressão.
Fernão Mendes Pinto tentou durante os seus últimos anos de vida, sem sucesso, obter os apoios indispensáveis à edição da sua "Peregrinação": primeiro junto do Rei (a quem está feita a Dedicatória), depois dos Jesuítas e finalmente do grão-duque Cosme de Médicis.
O manuscrito original foi deixado por sua morte à Casa Pia dos Penitentes ou das Recolhidas de Lisboa e está perdido.
O exemplar da Biblioteca Geral ostenta um pertence manuscrito "Do Sñr Dom Duarte" que o coloca, sem dúvida, na biblioteca de um grande senhor português do final do século XVI ou inícios do XVII.»
Biblioteca Joanina*
Sinopse: A obra relata a chegada de Fernão Mendes Pinto ao Oriente. Nas suas crónicas, apresenta as expedições dos descobridores e conquistadores portugueses. A imagem dos navegadores portugueses que passa nesta obra é sobretudo a do herói como um anti-herói, capaz das piores façanhas para lograr os seus objectivos, geralmente pilhar e roubar as populações nativas para enriquecer e regressar à pátria.
A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto andou muito tempo afastada das escolas. Hoje faz parte do Plano Nacional de Leitura.
Mas nem todos os alunos se sentem atraídos pela sua leitura. E esta adaptação de Aquilino Ribeiro, bem como o vídeo de Nuno Neves pode aproximar um pouco mais o autor do público jovem.
Mas nem todos os alunos se sentem atraídos pela sua leitura. E esta adaptação de Aquilino Ribeiro, bem como o vídeo de Nuno Neves pode aproximar um pouco mais o autor do público jovem.
Na altura, o desenhador achou importante recuperar temas históricos portugueses. Primeiro adaptou O Bobo, de Herculano, e depois Fernão Mendes Pinto.
"É uma aventura apaixonante", disse ao JL, José Ruy. E explicou: "Na altura o Fernão Mendes Pinto era um herói quase maldito, e esta BD foi uma forma de dar a conhecer a personagem".
Apenas três décadas depois, passou a livro e ganhou cor. "As cores são sempre esbatidas, para que prevaleça o traço", explica. Em 2011, o livro ia já a caminho da quarta edição.
Currículos: Literatura Portuguesa | História
Nível: 2º | 3º ciclos
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